O céu campeiro se agacha Quando se ronda uma ronda Rodeada de escuridão Além da tropona arisca A lua aspuda risca O couro da imensidão Sou mais um na roda grande Munido de solidão Fazendo vezes cercado Pastoreio distribuído Sem movimento e sem ruído Para dar calma no gado Ronda redonda Rondada a cavalo a noite inteira Cá embaixo bóia canhada Lá em riba funda boieira De brilho só lá bem longe A estrela que acende o lume A ronda é um caso de espera De silêncio e de pretude A ronda é um caso de espera De silêncio e de pretude Algum mugido se perde Alguma asa revoa Num largo de pega-pega Alguma vaca rumina Meu zaino sacode a crina Pra algum guincho de macega Rio Grande do arame preto Da comparsa e comitiva Do varzedo e da biboca Mesmo que a tropa não derme Sobre o asfalto se encerre Vai com a cola em massaroca