A Lua cheia no céu E uma viola chorando Com as estrelas no infinito Parece estar conversando Uma carreta toldada E um pingo pastando perto As chamas das labaredas Dançando ao som do concerto E com um pé sobre o outro Ali, perto do borralho Sovando as cordas do pinho Como cartas de baralho Seu pala negro franjado Bigode e melena grande Bombeando o negro da noite Contemplando o Rio Grande Se estende sobre os pelegos Refletindo sua jornada Pendurada na carreta Descansa sua guiada Ao clarear de um novo dia Montando um cavalo mouro Levantando acampamento Naquela sombra de touro Sentindo o peso do jugo Vão quatro juntas de boi Ao tranco do pingo mouro Estrada afora se foi Comandando os bois da ponta Com a guiada de taquara Em cantigas solitárias Sumindo horizonte afora Carreteiro do Rio Grande Quanta saudade me dá De ouvir o assobio campeiro Quando te via passar