De contraponto com a gaita velha baguala O gaiteiro canta um verso no outro lado da sala E eu cabresteado nos braços de uma potranca Arrodeio pros dois lados, agarrado na percanta Boleio um trago que é pra não desidratar Me vou às macegas pra modis de tomar um ar Deixo a pinguanxa n'algum canto palanqueada Não sou de deixar a carne exposta pra cachorrada Dê-lhe vaneira, dê-lhe polca e chamamé Nesta bailanta eu danço tudo que vier Figuro o chote sem enredar nem um pé Quem não avança não dança, nem arruma o par que quer Balanço o corpo, perco peso e dê-lhe xixo Numa valsita floreada, colo o rosto no cambicho Quem importa o tempo se uma noite não é nada Sapateando e sarandeando vamo até de madrugada Encurto o tranco e vou pisando de mansinho O gaiteiro não parou, fica só mais um pouquinho O fim do baile é mais gostoso que o começo Manda carta! Te visito! Te juro que não te esqueço