Aquele moço de cabelos brancos Pele enrugada e alma de guri Foi quem um dia me mostrou o rumo Que eu vim seguindo até chegar aqui Aquele moço de sorriso franco Embora os anos que já traz consigo Não dobra esquina quando o tempo é feio Nem nega nunca a mão para um amigo Quem olha agora os sulcos do seu rosto Marcas que herdou da longa caminhada Pode pensar que ao redor do rancho Caminha um velho já no fim da estrada Mas quem viveu a vida a duras penas Como meu pai viveu de alma contente Carrega ao peito um coração de moço Pois tem os olhos sempre a olhar a frente