João de Almeida Neto

China Atrevida

João de Almeida Neto


Cada vez que o sol levanta traz consigo uma ansiedade
De uma china onde a saudade é o poncho da minha vida
Que china mais atrevida que sai sem avisar nada
E só vem de madrugada nestes sonhos de ilusão

O meu xucro pensamento vai sem rumo estrada afora
Pressenti chegar a hora num palpite quase certo
Meu rancho ficou deserto sem o achego da morena
Que só vive em meu poema num disfarce à solidão   Bis

E assim vai passando o tempo com seus segredos
E eu no vazio dos meus pelegos espero a sorte logo chegar
Pois dentro de cada mate uma espera louca

Na bomba o gosto daquela boca e no rosto o pranto pra consolar
Pois dentro de cada mate uma espera louca
Na bomba o gosto daquela boca e no rosto o pranto pra consolar