Quando os campos deste sul eram mais verdes Índios pampeanos que habitavam o lugar Foram mesclando com a raça do homem branco Recém chegado de querências além mar E o novo ser que se formou miscigenado Virou semente, germinou e se fez povo E um grito novo ecoou no continente Lembrando a todos que esta terra tinha dono (Enquanto o gaúcho for visto no pampa Enquanto essa raça teimar em viver O grito dos livres ecoará nesses montes Buscando horizontes libertos na paz No grito do índio, o grito inicial Há cheiro de terra no próprio ideal De amor à querência liberta nos pampas Gerada na estampas do próprio ancestral) A nova raça cresceu e traçou limites Que bem demarcam a extensão dos ideais E o mesmo povo hoje repete o grito Alicerçado nas raízes culturais A liberdade não tem tempo nem fronteiras O homem livre não verga e não perde o entono Vai repetindo a todos num velho grito Passam os tempos mas a terra ainda tem dono Do grito do índio, aos gritos atuais Há cheiro de terra nos próprios ideais De um povo sofrido, ereto em vontade De escrever liberdade nos seus memoriais