Nasci no campo, cores garridas, gente fraca Montei cavalos, pus meia branca E ali ao lado pude ver sete colinas Bairros antigos, fados, varinas E os fandanguistas que encantavam mil olhares Nos meus santos populares E ali ao lado, a lisboa, a tradição Marchava o fado preso a um balão Eu não desminto que lisboa é mãe do fado Lá foi criado, lá foi criado Mas numa arena frente ao toiro, o forcado Se reza um fado, se reza um fado Do meu castelo vi o tejo travar guerra Levar consigo a minha terra E ali ao lado outro castelo em seu regaço Guardava o tejo do seu cansaço Filho de um povo que trabalha sem lamento Faz da terra seu sustento Se é riba tejo ou estremadura é indiferente O fado é fado de quem o sente