João Bosco

Cigana Carmem

João Bosco


Cigana Carmem

Tantas almas tantos loucos
Perambulando da Espanha a boêmia
Sempre linda apaixonante
Exibindo belo corpo alucinante
Quantas luas
Quantos homens pobres amantes
Atravessaram noites
De entrega, de encanto
Ao seus pés

Dançarina atrevida e debochada
Olhos tristes verdes raros
Sabe ler nas labaredas da fogueira
Nos azuis, nos entretons
Nos  traçados
Qual vai ser o coração arrebatado
Acariciar no colorir da  tenda

Vem no poder mágico das castanholas, dos violinos
Dança cigana
Sua alegria de criança risos a ofertar
Enfeitiçar..
Abana longos negros cabelos
Faz da dança mil gingados
Misteriosos segredos tão guardados
Rodopiar num cirandar

Sempre foi a sina desta cigana
Afamada em longes horizontes
Enganar e que castigo não poder amar
Carmem minha danada cigana
Morena calhiente no entanto serpente
O teu gosto humm vermelho tinto
Inebria com doses ligeiras porção do amor
Meu destino, minha sorte
Desejos, sabores, querer..
Achar o coração
Achar o coração...

Letra: Ângelo Antônio