João Bosco

Foi-se o Que Era Doce

João Bosco


Me descaderei de tanto xaxá
No bobó de noivado da fia do Ribamar
Vi quando cheguei as moça de lá
Cuzinhando uns inhame com os óio de arrevirá
Buzanfã de flor, chulapa de mel
E a covanca soprando um sussurro descido do céu
Tinha gago, anão, gente de azar
Com a espinhela caída
Pedindo pro inhame estala

Jabaculê, virge, espetacular
Assunto assim às veis é mió calar
Mas des´que eu provei do bobó
Eu to roxo pra comentar
Sanfona, guitarra, batuque, berreiro e veja você
O vira-desvira o caminho da roça e o balance
Inhame e bobó, frango asado, cus-cus e maracujá
Puçanga, cobreiro, retreta, jarguete e tamanduá
Foguete beijando as estrêla e as moça lá

Zé pinguilim, Chico do pincel!
Paqueraro Lazinha que era muié de Xexéu
Serafim três perna resolveu chiá
Pois muié não é farinha que vai pra onde venta
Deu-se um sururú de saculejá
Tudo dando e levando
Enquanto sem se mancar
Pedro gargarejo com a mão no manjar
Preparava um caldinho pra noiva gargareja

Jabaculê,...

Fui acudi um que tava no chão
Tomei uma no ouvido de adevorvê o pirão
Foi um cimitério, foi um carnaval
De paixões confundidas quem é que tira a moral
Pra ser sem-vergonha, basta ser decente
E quem vende saúde, possivelmente é doente
Foi-se o que era doce, ninguém quer contar
Quanto macho afinou-se na festa do Ribamar.