O amor quando chega Tem estranhas maneiras De prender os seus laços De uma vez é centelha De outra vez se assemelha Ao tempero do aço Corre manso nas veias Ou então incendeia Com desejos devassos Que o amor, quando chega, Tem estranhas maneiras De ocupar seus espaços E o amor, quando parte, Tem um jeito covarde De largar sua presa Age tão traiçoeiro Que se acaba primeiro Antes que se perceba E se leva a metade Deixa sempre a saudade Uma lâmpada acesa Que o amor, quando parte, Tem um jeito covarde De voltar de surpresa