No pendura ele fuma, ele bebe, ele farra No calote é o rei, é o bom, é nó cego Bem vestido ele vem de martelo na mão E se brecha lhe dão, bota mais um prego. No lugar onde chega ele faz um fiado Com um papo legal sabe impressionar Mas em todo comércio ele tá pendurado Em supermercado, farmácia e bar, O cartão bloqueado não passa Tome cheques sem fundo na praça Não demora essa borracha vai voltar. Foi em dona vanda, Comprou na quitanda, não pagou as frutas, Lá no cabaré De dona izabé deve as prostitutas, Sujeitinho, vadio, safado, caloteiro picareta O que sabe fazer de melhor nessa vida é mutreta. No pendura ele fuma, ele bebe, ele farra No calote é o rei, é o bom, é nó cego Bem vestido ele vem de martelo na mão E se brecha lhe dão, bota mais um prego. No açougue ele deve ao portuga (quase um boi inteiro) coro. Cheques passados pra o dia (trinta de fevereiro) coro. Vagabundo salafrário, vigarista é Diz que paga quando der e achando pouco Levou mais um troco do pobre do zé. Quem vendeu, se deu mal, marcou bobeira Emprestou,vacilou, levou rasteira. De agiota a banco ele deve Deve até a pai- de -santo Pra fazer fiado, o cabra é viciado Deve a tomo mundo , em tudo que é canto.