Ninguém pode deter o inverno Que faz o ar que inspiro congelar No egoísmo que os homens me deram Transformando-me num sociopata Não, não, não, não posso deter o inverno não É inútil tentar me aquecer Fui educado pra aceitar Esse frio que atinge o meu coração E aos poucos o faz virar pedra Não, não, não, não posso deter o inverno não No inverno a imagem cruel e destrutiva Da natureza maldita que é a minha vida Ninguém pode deter o inverno Que traz a névoa da ganância Me cegando, impedindo-me de ver Que a espécie humana é um câncer Não, não, não, não posso deter o inverno não No inverno o instinto obscuro e homicida Da natureza sinistra que é a minha vida Ninguém pode deter o inverno Que torna o meu sangue gelado Assim como o sangue de um cadáver Sem alma, espírito e caráter Não, não, não, não posso deter o inverno não