Quem foi que viu a minha dor chorando?! Saio. Minha alma sai agoniada. Andam monstros sombrios pela estrada E pela estrada, entre estes monstros, ando! Bati nas pedras dum tormento rude E a minha mágoa de hoje é tão intensa Que eu penso que a alegria é uma doença E a tristeza é a minha única saúde. Melancolia! Estende-me a tua asa! És a árvore em que devo reclinar-me... Se algum dia o prazer vier procurar-me Dize a este monstro que eu fugi de casa! E eu luto contra a universal grandeza Na mais terrível desesperação É a luta, é o prélio enorme, é a rebelião Da criatura contra a natureza!