Eu não sei mais onde o meu corpo habita Nessas noites longas de solidão E nem me importo mais se a minha loucura Destruir qualquer sentido de razão Eu ando tão mal, eu ando tão mal... Os sons se perdem nos meus ouvidos Meu rosto é frio e sem expressão A minha voz eu sei que não é mais minha Tudo parece uma alucinação Eu ando tão mal, eu ando tão mal... E outra manchete de jornal vai se repetir A versão nova de uma velha história Daquele cara que cansou de chorar Pegou um revólver e atirou na boca Eu ando tão mal, eu ando tão mal... Outra vez vou me xingar, me insultar Por ainda respirar Outra vez vou me ofender Porque eu ainda insisto em viver Eu ando tão mal, eu ando tão mal... E no chão eu dou com a minha cara De idiota cheio de desespero E ao me olhar agora eu percebo Que é melhor eu não me ver mais no espelho Eu ando tão mal, eu ando tão mal... (Todos os direitos reservados)