Tirei o meu casaco furado do chão Escorreguei nas cartas Esquecidas, manchadas, rasgadas Daquele verão E te encontrei nas faces da parede infiltrada Nas minhas memórias partidas Entaladas nas veias Do meu coração Rangendo os dentes Na ponta do pé Na conta da fé Não olho pro chão Agulha que encosta e fura O vidro, a linha Nada mais Qual a cura? As lascas do amargo, conjura Prova do machucado Brincar de falcatrua Dançante, as marcas gritantes O resto do aroma, a visão mais distante Eu não vou ter dó de mim Cê não vai ter dó de si Eu não vou ter dó de ti Cê não vai ter dó de mim