Sabe que quando me nego o querer
Faço de conta que nego você
Enquanto segues dormindo
Eu, no meu canto, a morrer
Sigo num sonho pedindo
Pra não me esquecer

Sabe, são tantas histórias pra crer
Nem me preocupo com o que vais dizer
Enquanto sigo dormindo
Guardas pra mim desamor
E eu canto os nós, bendizendo
As faces da dor

Bem que eu tentei mudar a direção
Sabe, eu podia nem querer saber
Mas me dói como uma rosa desfolhada
Se o orvalho dos teus olhos cai também

Sem olhar pra trás, vou me reconhecer
Deixo meus versos em branco
Pra dar e vender

Vou procurar no mar uma estrela qualquer
Que desarrume meus passos
Me faça viver