Jean Tassy

NÔMADE

Jean Tassy


Ah, se eu jogasse, mega sena ganhasse (ãn)
Sumia pro mundo maluco matava no peito num tapa de classe (ei)
Despia teu corpo, antes que falassem
Unia minha alma num copo com gelo lotado
Pra que se entornasse nos teus pés
Eu amos teus revéis
Eu guardo meus anéis

Nos dedos coloridos sujos
De licor que eu derramei
Anti ontem eu me lembrei
Se eu morrer amanhã
Quero tá exatamente aonde eu to
Curtindo um jazz
Blues num carro class

Te ver numa semana
E na outra tu nem sabe aonde eu tô
Já faz um mês ontem que eu me toquei
Que hoje eu me esqueci de quem eu era
Mas não de quem eu sou
Não de quem eu sou

E se eu me esqueço, faço traço
Me despeço, que quando eu desço
Me sinto febre, nem sinto fome
Mas quando subo, sinto tudo
Digo pro mundo que o escudo é tão fajuto

E quando vai ver, é só mais um que
Tava pensando e resolveu falar

Em pleno sol das dez, meu bem te vejo em sépia
Enrolo outro marrom e me espera na janela
Olhar de jabuticaba me encarando sem conversa
Até que começa o show e outro xote pé de serra

Meu bem pra que viver de guerra
Talvez não seja a hora certa
Tão bom nós dois quando se acerta
Sem história de terceiro
Que me mira mas me erra

Noite, que me abraça e cuida de mim
Noite, que me abraça e cuida de mim

E quando vai ver, é só mais um que
Tava pensando e resolveu falar