Remindo as penas, herença lorena nos braços em cruz E, pelo Rio Grande, o Cristo se expande na força da fé Povo guarani, filhos de Tupanci buscando sua luz Liberdade é bandeira, gente missioneira, irmãos de Sepé O Semblante a olhar no caminho o altar onde surgem imagens Aquieta seus medos num terço entre os dedos que o padre benzeu Uma arquitetura invade as planuras, mudando a paisagem Por catequizadas, sete preces enviadas a um mesmo Deus Refrão: Eu trago na alma, por ser missioneiro Um canto sincero de amor pela pampa A história mais viva de meus ancestrais Não morre jamais nesta minha garganta Eu trago na alma, por ser missioneiro A história na estampa Pastoreio de gado, um solo plantado, mudou-se a cultura O badalo de um sino, o canto de um hino, oração e louvor Um alfabeto e um novo dialeto alcançam lonjuras A raça lendária segue a ordem missionária do colonizador Esta terra tem dono, com garbo e entono gritou-se, então E o vento do norte soprou sua sorte àqueles guerreiros Que habitam luzeiros em grande cruzeiro no céu do rincão E a terra, índia nua, pariu sob a lua os seus missioneiros Refrão