O pai, La Invernada Hornero Mãe? Preciosa Cinco Salsos Criou-se sem mais percalços Ali no pago fronteiro Onde o gaúcho campeiro Aprende a lidar solito Olhando o pampa infinito De azul e verde profundo Porteira aberta de mundo Que chamaram Dom Pedrito Hoje rezo esta oração De gaúcho missioneiro A esse velho companheiro De pátria e de tradição Ao cavalo, meu irmão Das lides continentinas Fogo aceso nas retinas E tufão nos atropelos Legenda feita de pelos Bandeira feita de clinas A história da humanidade Nas planuras e penhascos Foi escrita pelos cascos Desse padrão de igualdade Fogo, luz da liberdade Brasão de cavalaria E na América bravia Com ibéricos teatinos Índios, negros e beduínos Um eco de Andaluzia Símbolo de guerra e paz Símbolo de paz e guerra A lida eterna da terra É o flete amigo que faz Peão, patrão e capataz Não há senhor nem vassalos Nem quem possa separá-los (Porque a terra tem memória) Nem ninguém que escreva a história Do Rio Grande sem cavalo O domador que arrocina Simboliza o Vilson Souza Alguém que entende da cosa Desses parceiros de clina Manhas que a vivência ensina No lançante ou no repecho Lava o lombo com bochecho E faz com que dance um tango O pala em lugar do mango E um fio de seda no queixo Gostar de cavalo é bom É o meu código de fé Itay Tupãbaé De Oswaldo Dornelles Pons Chego até a escutar os sons Do rosilho alma de touro Num último desaforo Acima do mundo incréu No parapeito do céu Mastigando um freio de ouro!