De onde me vem, Cordeona, o formigueiro 
Que sinto n`alma, ao te escutar floreando? 
E essa vontade de morrer peleando. 
Será que um dia eu já não fui gaiteiro??? 

De onde me vem esse tropel no pulso, 
E esse calor de fogo que incendeia? 
Por que será que fico assim, convulso, 
E só de ouvir-te o sangue corcoveia??? 

É o atavismo, eu sei, Cordeona amiga,
Sem que tu digas, sem que ninguém diga, 
Parceira guasca que nos apaixonas. 

E se mil vidas Deus me desse, um dia, 
Uma por uma delas, eu daria, 
Prá ter mil funerais de mil Cordeonas!!!