Nasci num rancho - cresci num rancho, Porém o rancho - não é mais meu, Não tenho rancho - sou peão de tropa Cumprindo a sina que deus me deu. Não tenho rancho - nem quero rancho, O meu destino é andar assim, A tropa é o mundo - a estrada é a vida E o peão é a mágoa - que não tem fim. Um - dois - três - quatro - cinco - seis - sete... Passam os dias - tropeando vou, Mudei de rumo - troquei cavalo, Só minha sorte - nunca mudou. Às vezes penso - erguer um rancho, Nalguma volta do corredor, Mas pra que rancho - não sobra tempo Nem pra dois tragos do mesmo amor. Um - dois - três - quatro - cinco - seis - sete... Passam as noites - rondando vou, Troquei de pouso - mudei cavalo, Só minha sorte - nunca mudou. Não tenho rancho - nem acho falta, O meu destino - é andar ao léu, Talvez um dia - erguer um rancho Na estrada larga - que vai pro céu!