Se é pra enfrenar do meu jeito não dou e nem peço luz E faço o sinal da cruz quando levanto e me deito Me gusta o que é direito,desde sempre sou assim Meus versos falam por mim sem mágoas nem preconceitos Tendo um rumo dentro d'alma e o pago no coração Me sobra argumento então pra retratar o que penso Honro o pano do meu lenço com a pátria atada na espora Nesse jeitão lá de fora templado a grito e silêncio Ergui rancho, criei raíz, me plantei neste rincão E escuto com atenção tudo que o campo me diz Pra ter a vida feliz na lida faço trincheira O pampa é minha bandeira e o Rio Grande é meu país Se fiz da terra meu conceito de valor desde piazote a emoção me compadreia Não tem palanque, não tem sova de maneia que tire o sestro do meu mundo campeador Se estendo tropas de baguais no corredor Se prendo o grito pra cachorrada ovelheira É porque trago nesta estampa de fronteira a herança rude de tropeiro e domador