Quando a alma de um ginete em oração Nesta chucra devoção, vai enfrentar seu destino Eu tiro então meu chapéu, pra senhora aparecida Que é a protetora da vida e minha mãe lá no céu Que me proteja senhora, nesse oficio de peão Que o limite seja o chão, num escarçeu barbaresco Terra, mundo e algum retovo, e se carrego um pecado Deus me dê um desbocado, pois vim alegrer meu povo E quando numa toada, dessas que um taura se plancha E um maula pedindo cancha, se batendo nos meus ferro Até me perco na rima, deste bailado de morte E um indio, brinca com a sorte, se um louco vier por cima Então senhora dos campos, eu lhe peço sua benção Cuide da vida de um peão, pois eu não quero mais nada Somente este meu anceios, de montar n'noutro rodeio Pra uma nova ginetiada.