No lixo também nascem flores Azuis, amarelas Mas mesmo assim meio escondidas Pra mim parecem bem mais belas Que aquelas que vejo, bonitas Lá dentro da loja de flores No meio de tantos cartões E de papéis de tantas cores A vida de uma flor do lixo, De um vaso, ou do campo É como a vida das pessoas Que nascem em qualquer recanto E que se esforçam pra serem belas Mas que às vezes não conseguem E algumas matam a beleza Das outras, ou então a delas (A vida pode ser bonita, Pode ser ingrata ou indiferente A vida é uma flor que brota Do pai e da mãe no coração da gente Mas quem não sente o seu perfume Não entende a vida daquele que sente Quem não suspeita da verdade Não fala com a vida, apenas consente)