Ouço o barulho Da serra elétrica Cortando as vidas. O ar que eu respiro Agora tem cheiro de veneno, A chuva não refresca, A chuva agora é ácida. Se mata a sede com gosto de cloro, E quando a Terra grita de dor Chamam-na de mavalda; Na hora dos furacões, Na hora em que as enchentes Levam as casas. Antes fazia frio Hoje o inverno é quente, Eu queria esquiar na neve Mas o gelo já derreteu! Sim!Eu tenho medo! Sim!Eu tenho medo! Eu tenho medo De andar na rua E não ver mais árvores, Eu tenho medo De olhar o céu E não ver os pássaros, Eu tenho medo De abrir a torneira E não ter mais água. Sim!Eu tenho medo! Sim!Eu tenho medo!