Vou contar de um objeto Respirava por sabão Todo dia viu a noite derramar na sua mão Radiante de tristeza Quis pintar o céu com a mão Respirava tantos grilos Que perdeu o céu sabão Não chore, não chore maionese de carvão! As cores da alma fazem bem p’ro coração De caladas, mal faladas tinha um ar de assombração O amar do objeto derreteu-se de padrão Tendo muito poucas horas quis achar o seu sabão Pra um dia ver a noite congelar sua solidão Não chore, não chore maionese de carvão! As cores da alma fazem bem p’ro coração