Pureza menina de olhinhos tristonhos Miúda franzina sem nada de amor Pureza era bela em sua humildade Pra ela a vaidade não tinha valor Vivia sorrindo sorrindo bonito Sorrindo a beleza que não possuía Pureza era pobre e sofria a pobreza Vestia a tristeza de noite e de dia Só tinha um vestido surrado feínho E com muito carinho de noite lavava Pureza era pura como o próprio nome Nem mesmo de fome pureza chorava Um dia cresci não vi mais pureza Andei pela vida e pureza não vi Com tantos amores para minha surpresa O amor de pureza em mim descobri Saí como um louco a procura daquela Com quem na capela eu iria casar E assim fui a casa onde ela morava E vi ainda estava no mesmo lugar Chegando a porta bati ansioso Tremendo nervoso alguém me atendeu E reconhecendo me disse chorando Pureza seu moço a pureza morreu