As vezes fecho os olhos pra você me notar E meu silêncio vira uma aventura Te vejo ir embora sem saber se vai voltar E de repente te encontra na rua. De onde vai pra onde vem, E esse cheiro é de quem Quem te ama, quem te beija Quem te prende, quem te deixa. Deixo o corpo deitado feito pra te esperar E o lugar vira mais do que um abismo Os meus dedos estudando o teu modo de falar E teus dentes me mordem o comodismo. Sei que a gente ainda está em vias de, Em vias de não querer ficar, Sei que você quer mostrar Que o verbo pertencer não nos pertence ainda não. Às vezes abro os braços feitos pra te abraçar E a esperança vira uma tempestade. Te pergunto se existem respostas pra eu te dar E quase acordo com teu corpo em meu corpo Luz apaga, luz acende Quem te afaga é quem menos te entende. Mas se sempre, sempre, sempre, sempre foi assim O que seria de nós se não fosse assim?