Olha a nêga que vem chegando Ela chega desconcertando Ela mexe que mexe Ela é de finesse Na veia da nêga corre amor Na veia da nêga corre o som A veia da nêga é forte Na veia da nêga corre sangue bom Essa nêga ela vem cantando E a vida ela vai levando Ela sanba que samba Ela sabe que é bamba A veia da nêga é nagô Na veia da nêga corre o dom A veia da nêga é forte Na veia da nêga corre sangue bom Quero ver o que é que tem na veia da nêga Quero saber o que é que tem a veia da nêga Tem balanço, tem Alegria também (tem) Na veia da nêga corre sangue bom do bem Um brinde ao sangue da nêga que eu bebo e me embriaga Nêga do sangue de fogo que não apaga Nêga que chega, que chega, chega chegando, mulher Se melhorar estraga Não corre quando o bicho pega A nêga não se entrega O vinho da nêga é forte É o forte da minha adega, melhor pedida E quando a nêga chega eu sinto um frio na barriga Fçao o que ela obriga, digo o que ela quer que eu diga Obrigado, nêga, você me castiga, mas me instiga Me toma feito droga Fico tonto feito tronco de jangada numa onda onda que joga A nêga tira onda, dá nó em pingo de chuva Vai só na boa, me ensaboa, me enxágua e enxuga Não sei que sangue tem na veia da nêga Mas essa nêga é morcega E ainda bem que essa morcega me suga!