De asa branca o rei do baião Voou pro além levando seu acordeão Deixou ao léu um geração E foi pro céu para virar constelação De vez em quando Uma vez ou outra vai De táxi pra estação lunar Pra ver de lá Alceu, dominguinhos, gil E quem não viu jamais verá Riacho do navio, respeita januário Ai, ai saudade dói no coração Ai, ai e amarga que nem um giló Foi tocador de polca, de mazurca O gonzagão! Na beira do cais sanfoneiro da paixão Mas sua melodia não perdeu o tal suingue De sotaque bilingue De cidade e de sertão Ai, ai o samba virou baião Ai, ai gafieira virou forró De asa branca...