Vou no fundo do piquete pra pegar o alazão Uma espiga sempre levo, ele vem comer na mão Passo logo o meu cabresto ao jogar com exatidão Devagar nos movimentos, na orelha ele é cosquento Necessário adulação Desde a doma esse danado Quer negar de todo lado Mas entendo do riscado Aqui não tem disso não Eu procuro por um tronco pra me dar sustentação O potranco é meio alto para eu montar do chão Gosto sempre que no pelo se acostume de antemão Vai me levar na pelagem, não me faltará coragem Pra cumprir essa missão Sou domador escovado Não me sinto amedrontado Se o pulo for lascado Vou tentar a imposição Vez em quando a gente sobra quando o arranco é bão Fica então bem desenhado o retrato no areião Isso não me preocupa, faz parte da profissão Apesar de muito zelo, vem caindo meus cabelos Também caio, por que não? Sei que sou um iletrado Mas a doma é meu mestrado Peão experimentado Na dureza do sertão