Senhor, eu sou a Ilha E no meu ventre essa verdade que impera Que é invisível entre becos e vielas De quem desperta pra viver a mesma ilusão E vai trabalhar Antes do Sol levantar de novo A voz do rancor não cala meu povo não Sou mãe, dignidade é meu destino Rogo em prece meus meninos Ao longe alguém ouviu Meus filhos são filhos dessa mãe gentil Inocentes, culpados, são todos irmãos Esse nó na garganta vou desabafar O chumbo trocado, o lenço na mão Nessa terra de Deus dará Eu sei o seu discurso oportunista É a ganância, hipocrisia O seu abraço é minha dor (seu doutor) Eu sei que todo mal que vem do homem Traz a miséria e causa fome Será justiça de quem esperou O morro desce o asfalto e dessa vez Esquece a tristeza agora É hoje, o dia da comunidade Um novo amanhã Num canto de liberdade A nossa riqueza e ser feliz Por todos os cantos do país Na paz da criança, o amor da mulher De gente humilde que pede com fé