Por servir de migalhas Aos frutos nativos E levar meus encantos Aos tantos cativos Meu caminho é o espaço Que eu faço comigo mesmo É o que resta em pedaços No meu quintal Por dar vida ao momento E aos fatos insustentáveis Estas coisas tão tolas Que nos tornam amáveis Meu destino é o calado Sentado na praça É o que abre o jornal E perfila a desgraça Fruto da terra, tranco de potro Sobra de campo, dono da dor Teto incerto, resto de interior Fruto da terra, tranco de potro Sobra de campo, dono da dor Teto incerto, resto de interior Por negar meus princípios Aos estranhos da estrada Já não faz mais sentido O retorno pra casa Meu consolo é o gorjeio Andejo das andorinhas É o que embaixo da ponte Esconde seus dias Fruto da terra, tranco de potro Sobra de campo, dono da dor Teto incerto, resto de interior Fruto da terra, tranco de potro Sobra de campo, dono da dor Teto incerto, resto de interior Teto incerto, resto de interior Teto incerto, resto de interior