Eu abro a janela Não vejo nada Nada de vento Nenhum horizonte Paredões de janelas indiferentes Sonhos devorados pelo dia Ânimo engolido pelo calor Penso no trem do meu destino Sem trilhos Sem trilhas Abandonado num terreno baldio Tudo emudeceu por dentro A voz perdeu o sentido O que falar pro mundo? Se os que têm ouvidos Estão em seus ciclos Sucata! Nada vai mudar essa falta de rumo! Nem o café amargo Nem a esperada tempestade!