Somos imorais Mas nunca assumimos Somos imorais Desde que nascemos Chupando nossas mães E nos nutrindo É como Freud já dizia Temos ciúmes do papai Quem já se embriagou E desejou a mulher do próximo? Quem já sentiu inveja Do amigo bem empregado? Quem já brechou a sua tia Nua quando era criança? Quem já desejou que seu primo Virasse um derrotado? Quem nunca teve nove anos e rezou Pra família morrer e você Sair do castigo e ir brincar na rua? E quantos já chegaram ao topo Da imoralidade? E numa ânsia louca de retorno Se escondem atrás de um templo Mesmo não crendo nisso