Um batuque africano me chamou A pintura fez da tela, seu lugar Os prazeres vão se refletir Nas histórias que eu vou contar Sai o trem da estação, pra trilhar esta canção Moju, Magé, Mojúbá! Luz dos olhos de olodumaré em cada amanhecer Toca o atabaque, onde a áfrica aportou Clamando por piedade Toca o atabaque, onde a lágrima aportou Maria conga ergueu a liberdade Benta água, ritos tão divinos Sentimentos cristalinos Pureza a pé, procissão Se a festa é de Pedro, não demora Nossa fé, senhora, desta oração! A tribo que chegou aqui primeiro Deu o nome feiticeiro às entranhas desse chão Auê, auê na riqueza da pingueira Pra escorrer a doçura brasileira Caminho do nobre metal Pavio de fogo e fé Da luta contra o marechal Aos dribles na vida, Mané Folia de todos os reis E o samba desabrochando em flor Nas cores do pintor Querem pemba, querem guia Querem figa de guiné Axé, Magé! Sinfonia de tambores Hoje a gira vai girar Ê mojúbá, ê mojúbá