Meu baraio é meu amigo É meu pai, é meu irmão Num dia me dá camisa No outro me tira o pão Nem sempre é verdadeiro O amigo que a gente tem Com a pinga e c’o baraio Passo a vida muito bem Num sai da minha argibêra Num me deixa o dia intêro Quando eu durmo ele descansa Debaixo do travesseiro Arranjei um pé de cueio Comprei unha de gambá Fui jogá muito confiante Pois cansei de apanhá Percisava de dinhêro Joguei com Mané Sinhô O cabra era um gavião Ele que me depenô Joguei uma noite intêra Na casa do seu NhôNhô Perdi inté a roupa nova Vortei só cum a do interiô Ai, ai, vortei só cum a do interiô Ai, ai, vortei só cum a do interiô