Eu sou cabocla tô chegando lá da roça Inda falo vige nossa, eu ainda digo é Sou sertaneja, não me nego e faço gosto Tá escrito no meu rosto, só não enxerga quem não quer Eu sou aquele cheiro doce lá da mata Água limpa da cascata, o verde dos cafezais Modéstia parte sou o som daquela viola Que um caboclo consola quando o acorde se faz Eu sou do mato, sou caipira verdadeira Sou perfume de madeira, esse é o jeito meu Eu sou a fera que esconde o filhotinho Ave que não sai do ninho, protegendo o que é seu Eu sou aquilo que inda chamam de beleza Sou um fato, sou certeza, tudo isso e muito mais Nasci da terra, sou a flor da natureza Eu sou vida, sou pureza, amor que não se desfaz