Ó Lua, Lua triste, amargurada Phantasma de brancuras vaporosas A tua nivea luz ciliciada Faz murchecer e congelar as rosas Nas floridas seáras ondulosas Cuja folhagem brilha phosphoreada Passam sombras angélicas, nivosas Lua, Monja da cella constellada Philtros dormentes dão aos lagos quiétos Ao mar, ao campo, os sonhos mais secretos Que vão pelo ar, noctambulos, pairando Então, ó Monja branca dos espaços Parece que abres para mim os braços Fria, de joelhos, trémula, rezando