Raiou, Cuara Oby aos olhos de quem vê Eu bato o pé no chão, é minha saudação Livre na pureza de viver Sopra no caminho das águas O vento da ambição O índio, então Não se curvou diante a força da invasão E da cobiça fez-se a guerra Sangrando as riquezas dessa terra Cicatrizou, deixou herança E o que ficou está em cartaz Na passarela, estado de amor e paz Siriá, carimbó, marujada eu dancei No balanço da morena, me apaixonei O bom tempero pro meu paladar De verde e branco, treme o povo do Pará A arte que brota das mãos Dom da criação, vem da natureza Da juta trançada em meus versos Se faz poesia de rara beleza Oh, Mãe Senhora, sou teu romeiro A Ti declamo em oração Oh, Mãe, mesmo se um dia a força me faltar A luz que emana desse teu olhar Vai me abençoar No Norte, a estrela que vai me guiar Exemplo pro mundo: Pará O talismã do meu país A sorte da imperatriz