Inside the ambulance. the sound of sirens. i feel cold and heavy sleep. the sirens sound distant. i shut my eyes closed, reopening them beside the margins of a river, through which one balsa slowly approaches. i think i know the man that leads the balsa, so i walk to the margin. then i see dead men emerging from the waters.
The choir of drowned men:
Let it drown
Let it drown
I step into the balsa.
Charon, the coriphaeus:
Understand that rivers flow to the ocean
So will this one that now we sail
Understand the beauty in the need of these winds to come
Beautiful ship so fragile
See this fish that feeds the man that will feed the worm
Then to the salmon feed again
Does the fish ask why to die or to be born?
Why the worm, the hook, the man?
Let the long river run
Drowned men:
We all gonna drown
Let the long river run...
Charon:
Life is short, friend, there's no time, you must realize
Till death takes you by the hand
Understand that to us all death is no surprise
So be prepared, my dying friend
Let the long river run
Drowned men:
We all gonna drown
Let the long river run...
Charon & drowned men:
Waters go by beneath the skies
Running from my eyes
As long i sail, my will prevail
When wind ceases i will die
Charon:
Understand you have to let the long river run
Understand you have to let the long river run
Let the long river run...
I fall from the balsa, sinking into the deep icy waters.
Charon:
Let the long river run
Inaction is action
Now you know the way
Let the long river run...
Run over lover and mother
Possessions and mind distractions
Run over pushing too far
Run over family, enemies,
Religion, friendly prisons,
Boring days and my guitar
I drown.
Dentro da ambulância. o som das sirenes. sinto frio e muito sono. as sirenes parecem cada vez mais distantes. fecho os olhos, e os abro diante das margens de um rio, através do qual uma balsa lentamente se aproxima. eu acho que conheço o homem que guia a balsa, por isso caminho em direção à margem. então vejo homens mortos emergindo das águas.
O coro dos afogados:
Deixe afogar
Deixe afogar
Eu entro na balsa.
Caronte, o corifeu:
Compreenda que os rios fluem para o oceano
Assim como este que agora navegamos
Compreenda a beleza na necessidade
Destes ventos que virão
Belo barco tão frágil
Veja este peixe que alimenta o homem
Que alimentará o verme
Para então alimentar o salmão novamente
Perguntará o peixe porque morrer ou nascer?
Ou o porquê do verme, do anzol, do homem?
Deixe o grande rio correr
Afogados:
Todos iremos nos afogar
Deixe o grande rio correr
Caronte:
A vida é curta, amigo, não há tempo, você deve perceber,
Até que a morte o leve pela mão
Compreenda que para todos nós
A morte não é uma surpresa
Então esteja preparado, meu moribundo amigo
Deixe o grande rio correr
Afogados:
Todos iremos nos afogar
Deixe o grande rio correr
Caronte & afogados:
Águas se vão sob os céus
Correndo de meus olhos
Enquanto eu navego, minha vontade prevalece
Quando o vento cessar, morrerei
Caronte:
Compreenda que você deve deixar o grande rio correr
Compreenda que você deve deixar o grande rio correr
Deixe o grande rio correr...
Eu caio da balsa, mergulhando nas águas frias e profundas.
Deixe o grande rio correr
Inação é ação
Agora você conhece o caminho
Deixe o grande rio correr
Afogados:
Correr sobre amante e mãe
Possessões e distrações da mente
Correr sobre pressionar demais
Correr sobre família, inimigos
Religião, prisões amigáveis
Dias chatos e minha guitarra
Eu me afogo.
