Estou dopado Doses cavalares De cotidiano me entorpece Vida torpe Agora só torpor Amanhã a toda velocidade Encarando a estrada tão ruim E os solavancos que arremessam minha alma Pra longe do meu corpo Enquanto a água do poço reflete minha idade O que me oferecem é tão pouco Com o discurso de que eu quero sempre mais Tantos sonhos vão ficando pra atrás Parecendo que é normal Se é assim, se for sempre assim Eu me nego Eu renego Não me entrego E construo um mundo só pra mim Eu me nego Renego E construo um mundo só pra mim