Eu menina fui bitita no rural de sacramento Minha mãe lavando roupa pra fazer o meu sustento Na escola fui visita, aprendi o abc Minha infância tão bonita, eu não queria nem crescer Mas um dia vento norte me levou aquela mulher Me virei na carolina fui parar no canindé Quando olho no espelho Tô ficando pele e osso Amarela me rondando, vento foi o meu almoço O portuga lá da venda quer me dar o seu anel Vida longe do despejo se eu largar o meu papel Obrigada seu vendeiro Eu não sou quem você quer Carolina sou maria Vou à luta sou mulher Hoje eu encontrei uns versos, espalhados pelo chão Vou levar para a favela repartir com meus irmãos Hoje eu encontrei uns versos Vera eunice enfeita o barracão Tem arroz de poesia tem feijão no caldeirão Hoje eu encontrei uns versos, espalhados pelo chão Vou levar para a favela repartir com meus irmãos Hoje eu encontrei uns versos Apareça no meu barracão Tem arroz de poesia tem feijão no caldeirão