Oyá
É ventania em preta voz
Mangueira
Ninguém melhor para falar de nós
Ressoa o ilu nos rituais
Os sagrados ancestrais
Feminina majestade
Chama a viva resistência
De quem veste a consciência
E desfila a liberdade
É d’oxum a força que salva a dor
Vem do orun a magia do pelô
Yalotim no cortejo do ilê
Convocou filhos de ghandi, olodum e badauê
A bênção iaiá
Se a rua é do povo eu vou
Desfilar meu cocar
Resgatar meu valor
Axé das quartinhas que regam a fé
Negritude na voz de mulher
Salve a baianidade nagô
A cor dessa cidade é verde e rosa
Na prosa, no canto e no verso
Deusas, divindades do universo
Bahia ile aye
Traz sua energia pro meu congá
Mangueira é você
A luz que ilumina meu gantois
