Não tem flores para os canhões Que vomitam a ferrugem Já saltaram dos paióis A fuligem dos barões Não tem flores para os sermões Encobriram bem-me-quer Mal querendo deu abrigo Assombrados casarões A fúria dos capitães Escondida entre os versos Submersos nos avisos Descobertos nos invernos A fúria das multidões Escondida nos cabelos Nos apelos dos perigos Envolvidos no espelho Serve à voz que não ascende Serve a cor que não se espalha Não partilha o que apreende Tanto vence quanto falha Eu quero a vez dos esquecidos Eu quero a voz dos oprimidos Eu quero a voz