Eu encaro o espelho e digo: E agora? Olha pra minha cara e diz: Seu bosta! Não há mais segredos pra esconder porque tudo que é vivo sangra. Tudo que é vivo sangra. É como o mar vermelho se abrindo. E que os gigantes de pedra fiquem pra trás ruindo. Não há mais migalhas pra proteger pois tudo que é vivo sangra. Tudo que é vivo sangra. Amo esse desejo de rua explodindo (d)nesses olhos secos, dilacerando um futuro perfeito pra construir uma felicidade crua que sufoca o arrependimento de quem tem o próprio sangue nas mãos pois tudo que é vivo sangra. Tudo que é vivo sangra.