Dançam as ondas ao despertar o luar prateando o véu de mim Correm soltas pelo mar adentro desaguando assim Foi quando viu, também sentiu O movimento do ar roçando a costa, revirando as ondas Reacendeu o verso em canção, o arrepio n’alma onde se move água toda a transbordar O ar que brota em som suspende no abismo que cultiva em paz Se lança ao infinito a navegar pelo azul, voraz Foi quando viu, também sentiu Água a caminhar enchendo o espaço feito inundação Compreendeu o verso em canção, o arrepio na pele onde livre, corre vento a suspirar Foi então que deste encontro de água e ar se fez tormenta no caminhar de dois na mesma direção dos sentidos, dos destinos ao léu E no amanhã, pode sonhar o encontro e repousar no cais de nós em mansidão? Imensidão