Não preciso que me contes Para saber o que sentes O arrepio na espinha quando Sinto as tuas mãos quentes Abraças o meu corpo Como se o amanhã não existisse Juntos desde as trocas de mensagens Às rugas da velhice Eu bem disse que se não tentasse Não conseguia Passaste por mim E senti logo a química Foi notório, obrigatório Dirigir-te a palavra Um olá que saiu tão seco Que não se ouviu nada Parada, vermelha Quase que explodias O teu sorriso envergonhado Deu-me a entender que querias E foi só uma questão de dias Noites longas e frias Não precisamos de dormir Nem de recarregar baterias Foram fotografias que tu querias Sempre originais De pernas para o ar, com caretas A imitar animais Somos diferentes em tanta coisa Somos quase rivais Quem diria que dois diferentes Se tornariam tão iguais Quem diria (que dois diferentes) Se tornariam tão iguais Quem diria? Que dois diferentes Se tornariam tão iguais Se tornariam tão iguais Não ligo a bens materiais E sei que tu também não Podemos viver num T0 Não precisamos de uma mansão Nem fazemos questão de ter O mundo ao nosso alcance O que é nosso vai e volta Tipo Boomerang Não temos muito guardado São reflexos de emoções São histórias que guardamos Só para os nossos botões E aquelas canções que Só sabemos os refrões Aquelas piadas sem sentido Que nos fazem dar trambulhões E ficam à deriva aqueles que Não entendem Obrigado pela força Dos que compreendem Que não é preciso ser lógico Não tem ciencia, é sentido É algo que nos faz render E ficar num compromisso De estimar, cuidar Saber dar e receber É partilhar, é ligação Que ninguém consegue ver Laços de amor que nem Uma parede consegue separar Leves como o vento e Fundos como o mar Quem diria (Que dois diferentes) Se tornariam tão iguais Quem diria? Yah QUem dira Que dois diferentes Se tornariam tão iguais Tornariam tão iguais Tornariam tão iguais