Passo meus dias tentando me encontrar Me convencer que tais repulsas são medo das novidades Tudo é real mas é difícil acreditar Em tantos elogios sérios à mediocridade Tento esquecer o quanto odeio o carnaval Minha alegria morre logo após o natal O mal do mundo vem pra ficar Sua forma mudar O bem que existe pode-se esquecer Logo vai se desfalecer A nível do chão, a decadência, circo e pão Programas da tarde dando glamour à miséria Os artistas populares e suas mídias histéricas Canções tão fúteis que todos tem que gostar Antes era vergonha, hoje é popular Celebridades efêmeras, paparazzis popstars A música está tocando e você tem que dançar Lá fora todo mundo ama, e todo mundo faz Ontem era vergonha, hoje orgulho traz Paradas, festas, nova religião Arrebanhando adeptos, forçando conversão O bem e o mal são relativos Se vive como se quer, como puder O certo e o errado são para oprimir Jogue-os pra longe de mim e de ti Venha ver, Deus está morto! Admirável mundo novo, tudo novo de novo!