Homens de Melo

Ponta de Faca

Homens de Melo


O vento tenta me levar pra fora de mim mesmo
Levanta e pinta o quando, o onde e pergunta o por quê
Eu penso, o tempo inventa todo o quanto eu vou levando
Meus prantos nas costas nas botas e no meu chapéu
No meu cavalo eu mando um tanto logo que me deixam
Enlouquecido, escasso esqueço os quens os quês ou quais
Enredos já vivi, ouvi ou vi e me despeço
De forma rasa alastra o fogo amigo e miro em mim
Ponta de faca quebra se entortar, me leva se virar ferrão
Vingança envenena e a maré tá cheia de escorpião

Atiro pedras contra o nada, nado enquanto posso
Poder parar, fluir no vácuo, lento inventa um teto
Parede opaca, cinza clara, pra poder chegar
Sem nó, sem dó, sem pó, sim só e indo desesperado
Respira fundo, abre os braços, cai pro lado e chora
Implora um pouco da felicidade alheia e reza
Pra patinar em linha reta e chegar habitável
De fato enquadro em si um quadrado de fé
Ponta de faca quebra se entortar, me leva se virar ferrão
Vingança envenena e a maré tá cheia de escorpião

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy